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Fic Traduzida - Salva-me - Cap 3

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Mensagem  Fernanda Ter Dez 01, 2009 2:47 am

Terceira Parte

"Suas doces mãos me envolve.
a sanidade me vigia.
Seus olhos claros, o único remédio para minha dor.
Só o seu amor poderá me Salvar
Salva-me..."

Luciana entrou em seu apartamento e encostou na porta de madeira, fechou os
olhos e um sorriso aflorou em seus lábios, que ainda sentia os de sua pequena...
sua Andrea.
Abriu os olhos e caminhou até o quarto, tirou a roupa e colocou o pijama de seda,
queria sentir algo fresco em sua pele.
Argo lhe cheirou as pernas e sentou-se ao seu lado da cama. A morena deitou e
deixou que sua mente voasse sem limites.
Sentiu em sua pele, o calor do corpo de Andrea, lá na praia.
Era perfeito, sentia-se bem, gostava.
Luciana virou para a direita e fixou seu olhar em uma luz entrava dentro de seu
quarto.
Andrea me deixa louca, confessou-se. Começou a rir e Argo olhou-a de onde
estava.
- Estou apaixonada Argo... - a cachorra balançou o rabo e deu-lhe a pata. A
morena pegou e acariciou a pata do cão e foi adormecendo.

O dia amanheceu nublado e chuvoso. A chuva batia no vidro da janela e a deixava
com preguiça e com mais sono. Andy se afundou mais na cama e sentiu um peso
em seus pés.
Brisa estava dormindo esticada e a pequena rio ao vê-la ainda com o laço rosa
pendurado de seu pescoço. Levantou-se e a pegou nos braços. Deitou novamente
e a colocou ao seu lado. A cachorrinha abriu os olhos e olhou para os olhos verdes
dela.
Andrea olhou a hora e marcava sete da manhã... provavelmente Luciana ainda
estava dormindo.
Mas nem todos. Levantou-se e foi tomar banho. Passava o sabonete por seu
corpo, a ausência de cabelo em seu corpo ainda lhe estranhava.
Terminou de se enxugar e vestiu uma calça esportiva cinza e uma camiseta
branca, calçou o tênis e colocou o boné.
Seu pai estava tomando café e sentou-se junto dele. Pegou todos os seus
medicamentos e os tomou.
- Não vai tomar café?
- Sim, mas não aqui. - um sorriso apareceu em seu rosto - vou tomar com a
Luciana... quero agradecê-la pelo presente, e preparar o seu café da manhã... em
agradecimento.
- Gosta de estar com ela ? o pai olhou-a nos olhos tentando averiguar os
sentimentos de sua filha. Mesmo imaginando quais seriam.
- Sim... sinto-me bem com ela.- Andrea lembrou das noites em que estava
internada e das conversas com a bela morena.
- Que nome deu ao presente?- pergunto enquanto o animal vinha perto deles.
- Brisa... chama-se Brisa.
- Bonito.

Luciana abriu os olhos lentamente e suas pupilas dilataram-se ao receber a luz
solar. A Batida na porta terminaram de acordá-la, Argo ladrou e saiu correndo
para a porta.
A morena levantou-se e caminhou descalça para a sala.
- Já vou... - Luciana abriu a porta e encontrou-se com a pessoa mais bonita que
seus olhos jamais viram na terra.
- Olá... trouxe uma coisinhas - disse mostrando o pacote. A morena sorriu e ficou
de lado para ela passar.
- Oi... - Andrea entrou no apartamento e deixou o pacote na mesa. - Posso fazer o
café?
- Sim... - Luciana olhou-a nos olhos e sorriu - o que?
- Nada... é que você é linda. - esticou sua mão e uma pequena pegou.
Andrea se aproximou lentamente e parou em frente da mulher mais alta.
Levantou o olhar percorrendo com olhos o corpo de Luciana, que vestia seu pijama
de seda.
- Você que é linda - disse ruborizada.
- Isso não é verdade... - Luciana acariciou a bochecha de Andrea que se derreteu
com a caricia, e acabou abrançando-a pela cintura. - Andy... não se arrependeu de
tudo o que aconteceu ontem?
Andrea sorriu e ficou nas pontas dos pés para ficar mais próxima da boca de
Luciana. Um beijo tímido foi depositado nos lábios de Luciana.
- Não... - sussurrou sobre eles. Luciana baixou sua cabeça e tomou a boca de
Andrea e lhe deu um beijo bem apaixonado que as deixaram flutuando. A língua
da morena tocava os lábios de Andrea pedindo permissão para entrar. Andrea
pressionou as mãos na cintura da morena colando-a mais a seu corpo. Um
suspiro saiu da boca de Luciana quando seus lábios percorria o pescoço de
Andrea.
- Vocé é tão especial Andrea. - a morena separou-se e olhou-a nos olhos.
- Lu... - um nervossismo percorria o seu corpo.
- Eu sei... vamos devagar.- beijou sua testa e observou-a por um momento. Em
um movimento inesperado lhe tirou o boné que ela mesma tinha lhe presenteado.
- Não... Lu... - Andy quis pegar e Luciana levantou a mão acima da cabeça,
tornando-se impossível.
- Não.. não vou te dar e saiu correndo pela sala.
- Andy foi atrás da mulher que dava voltas ao redor do sofá.- Luciana - a pequena
parou e pôs suas mãos na cintura. - Me dá.
- Não, porque em minha casa não se admite bonés... - Luciana o colocou em cima
de um móvel e foi até Andrea que nesse instante estava olhando para um ponto
fixo na sala. - Andy... olha-me.
- Estou com vergonha, por favor me dê o boné Lu.
- Não... não quero que use quando estiver comigo. Nem bonés, nem tocas nem
lenços. Tá bom?
- Mais...
- Nada de mais Andy... eu te quero assim, como esta agora. Quero que seja você.
- estou horrível...por favor.
- Andrea... olha para mim e ouça o que vou dizer.- Andrea ergueu a cabeça e
perdeu-se naqueles olhos azuis que a olhavam com amor.- para mim nunca será e
nem estará horrível... porque é o ser mais belo que conheci em minha vida.
Andy... e te quero assim... natural.
- Eu também te quero Lu... e gosto das coisas que me diz.- Andrea deu uns
passos e abraçou Luciana, sabe... você é maravilhosa...eu gostei de você desde o
primeiro dia que veio ver o apartamento. - A morena riu com vontade.
- Não posso crer Andrea... faz um bom tempo que estamos apaixonadas uma pela
outra e nenhuma disse nada. - Andrea riu também e terminaram dando um forte
abraço. Passou a mão em sua cabeça. E notou algo estranho. Voltou a passar
suavemente e seus olhos brilharam pela surpresa. - Deuses Andy...
- O Que? - disse ela desconcertada.
- Me dê sua mão. - levou a pequena mão e passou pela cabeça. Sentiu?
- Wow... síiiiimmmm - Andrea começou a tocar-se e sentiu que seu cabelo estava
começando a crescer - não estou acreditando Lu... - e abraçou-se a ela.
- Viu, eu disse que voltaria a crescer.
- Disse. - um beijo como recompensa recebeu a morena, que se prolongou por uns
minutos. Até que o estômago de Andrea reclamou de fome. Lentamente
separaram-se e com um beijo final, Luciana voltou para cozinha e foram preparar
o café.
O sol entrou pela janela depois que a chuva foi embora. Estavam sentadas na sala
tomando tranquilamente o café da manhã.
- Lu... queria agradecer pelo presente. É tão esperta.
- Sabia que ia gostar... e como a chamou?
- Brisa... dormiu a noite toda comigo?.
- Imaginei. Argo e Brisa são irmãs...
- Wow, que bom... logo a trarei para que se conheçam.
A morena sorriu e beijou seu amorzinho.
- Hum, gosto de como me beija - confessou Andrea um pouco envergonhada.
- Gosta, né?- perguntou a morena e voltou a beijá-la.
- Definitivamente sim... - disse rindo. A música era calma e suave, Andrea estava
em sua posição favorita, entre os braços de sua morena. E escutava o bater do
coração de Luciana.- Esta cena recorda-me algo.
- A mim também. - Andrea levantou a cabeça e olharam-se por um momento.- O
Que?
- Nada estava pensando em nós...- Andy acomodou-se de frente e olhou-a.
Acercou-se lentamente e a beijou. A morena abraçou-a e a deitou Andrea e ficou
sobre ela.
- É tão bonita. - seus lábios tocavam suavemente e sua língua percorreu os
mesmo. Andrea abriu sua boca para deixar entrar uma suave língua e
estremeceu-se ao sentir como tocava na sua. Em segundos dançavam e suas
mãos começavam a explorar-se mutuamente. A morena colocou suas mãos por
dentro da camiseta de Andrea e começou acariciar suas costas.
- Hum... - Andrea gemeu e levantou-se quando sentiu o catéter em seu braço
esquerdo. Luciana estava perdida em seu pescoço que não prestou atenção à
queixa de sua pequena.- Lu... Lu espera... espera. - Luciana deteve suas caricias
e olhou-a . Sua respiração estava acelerada como a de Andrea.
- Que foi ... te machuquei?- um beijo na boca fez-lhe entender que tudo estava
bem.
- Perdoa-me... não posso. - se deitou sobre o corpo de Luciana e ficou ali sentindo
aquele calor que lhe brindava.- não me sinto sexy... Lu... não posso fazer.
- Andy... sabe o que sinto por ti. - enfrentou o rosto de seu amor. - não me
importa como esteja... mas sei que se importa com sua imagem. Te amo e prometo
esperar-te até que queira.
- Sinto... quero ficar contigo... mas...
- Sei bebê... vamos devagar tá bom?.- um sorriso deu-lhe a resposta e um beijo
nos lábios foi uma mostra do amor que ambas sentiam.
- Mas podemos seguir fazendo isto...- disse um pouco envergonhada - gosto,
definitivamente gosto muito de te beijar e ser beijada. - confessou antes de verse
envolvida entre os braços e uma ardente boca tomou seus lábios.
Umas horas depois Andrea decidiu ir para sua casa.
- Veremo-nos depois?- perguntou a morena.
- Sim... vou trazer a Brisa, para que brinque com Argo, até mais tarde ... que vai
fazer agora?
- Vou tomar banho e depois vou até a casa de meus pais.
- Ok, vemo-nos depois.- e se deram mais um longo beijo. E Andrea caminhou até o
elevador. Passou a mão pela cabeça e notou que estava com seu boné. Riu e
mexeu a cabeça, entrou no elevador e fechou a porta. O espelho do elevador
refletia uma imagem diferente da Andrea de dias atrás... esta Andrea parecia mais
saudável e com um brilho nos olhos. Andy sentia-se bem. Estava feliz.
*****
Uma semana se passou desde que começaram sua relação, Luciana esta feliz e
gosta de compartilhar seu tempo com Andrea... sua pequena.
Andrea sente que cada dia esta mais apaixonada e nenhuma disse nada, mas
ambas sentem o desejo de se amar, em cada beijo e caricias que se dão.
Por sorte hoje é sua última sessão de quimioterapia e se Deus quiser tudo terá
acabado.

Andrea está na sala e tem conectado o seu catéter para serem aplicados os
medicamentos pela última vez. Vou te deixar sozinha. Luciana foi até a sala dos
médicos para falar com o Dr. Farías. E seu pai esta em casa... pois o horário de
visitas já terminou.
Ouve músicas enquanto o sol esconde-se.
Seus olhos verdes percorrem cada lugar do quarto, que conhecia por inteiro, não
escapou nenhum cantinho da vista de Andrea.
Seus olhos fecham-se e uns profundos olhos azuis aparecem em sua mente.
Sorrri.
De repente em seus lábios sente algo quente que lhe chega a alma. Abre
lentamente seus olhos e a imagem de sua mente agora está ao vivo em sua frente.
- Oi preciosa - Luciana volta a beijá-la e senta-se ao seu lado, toma-lhe a mão e
acaricia-a.
- Oi... - Andrea aperta a sua mão e sorrri.
- Sente-se bem?
- Mais ou menos... está começando as náuseas.
- Quer algo?
- A ti... pode me abraçar?... quero que me abrace, Lu.
- Ok.
Luciana acomodou-se em um dos sofás. Andrea levantou-se, e foi até ela e
deixou-se cair em seus braços.
Andy tirou o fone de ouvido e deixou que a música flutuasse pelo quarto.
O abraço dava-lhe confiança e segurança. Fechou os olhos e abandonou-se às
caricias que Luciana lhe presenteava. O sonho fo vencendo-a e as nauseas
desapareciam ao sentir a suave massagem que seu amor lhe proporcionava em
seu estômago.
Luciana olhava o rosto pálido e relaxado da menina... ja não era menina... era uma
mulher mais forte do que ela.
Passou pelas provas que teve que passar em sua curta idade... ela aos dezoito
anos era uma menina mimada que seus pais a mantinham. A menina... em
mudança...
Seu olhar percorreu todo o quarto e voltou para o rosto de Andrea. Deu-se conta
que estava apaixonada . A forma que faz seu coração bater cada vez que fala com
ela, quando sorri ou simplesmente lhe dava um beijo suave e nada sexual, a
deixava louca.
Um movimento chamou-lhe a atenção na janela.
Seus olhos captaram a figura de uma mulher alta e loira.
"Raios... Marina" pensou a morena. Marina apareceu na porta e sorriu. O olhar
gélido de Luciana fulminou a sua presença.
Lentamente colocou o corpo adormecido de Andrea no sofá e encarou à mulher.
A puxou pelo braço e a tirou do quarto.
- O que está fazendo aqui?- a morena segurava seu braço e apertava-o.
- Auu, solta-me... - protestou - eu fiquei sabendo que ela estava em sua última
sessão, só vim ver como estava.
- Olha Marina quero que suma daqui e não volte. Esta área é restringida. Vai
embora, se não quiser que eu chame a segurança.
- Eu já disse que me deixa exitada quando fica bravinha? - a loira mordeu os
lábios e sorriu-lhe.
- Não estou nem aí para o que te excite ou não... só nos deixe em paz. - Luciana
estava a ponto de gritar e tentava não elevar a voz por respeito aos demais
pacientes e em especial para que Andy não acordasse.
- Isto não vai ficar assim Luciana... vai ter notícias minhas... - Marina afastou-se
do lugar. Luciana tratou de acalmar-se, inspirou profundamente e soltou. Sabia
que este encontro traria problemas...
- Lu... Luciana?...- a voz de Andrea a tirou de seus pensamentos.- Lucy, preciso
de você!
- Já vou amor, estou aqui. - o rosto pálido de Andrea preocupou-a, mas ao ver que
levava a mão à boca, correu. Uns minutos depois de vomitar. Luciana umedeceu
um pano e passava pela testa de Andrea.- Melhor?...
- Sim... obrigada... onde estava?.- Andrea levantou o olhar e perdeu-se nos olhos
de seu amor.
- Estava ali for a falando com alguém. Não se preocupe não vou mais sair daqui. -
abriu seus braços e envolveu o pequeno e cansado corpo.

Na manhã seguinte realizaram-lhe vários estudos que estariam prontos numa
semana. Luciana estava a ajudá-la a mudar-se. Por fim seus braços estavam livres
de agulhas, e cabos.
Andrea se vestiu. Luciana encarregou-se de guardar as coisas na bolsa e pegou
sua toca, se aproximou e lhe beijou a cabeça antes de colocar.
Juntas saíram da clínica e foram para o carro da morena.
Andrea abriu a porta de sua casa e entrou. Brisa escutou os ruídos e latiu.
Quando a reconheceu começou a saltar e a ladrar. Andrea tomou-a em seus
braços acariciando-a, Luciana entrou atrás dela e levou a bolsa para o quarto.
Juan não estava na casa, assim decidiu esperar até que o homem regressasse.
- está com fome princesa?- perguntou Andrea enquanto vasculhava a geladeira.
- Sim e você?. - perguntou se aproximando dela e a tomando pela cintura.
- Sim, mas ainda meu estômago está sensível.
- Ok, quer que te prepare algo?- a morena deu a volta pelo corpo da garota e
beijou sua cabeça.
- Humm - foi o único som que se entendeu da boca de Andrea antes de se
entregar ao beijo. O ruído na porta as separou, uns segundos teriam sido vistas
por Juan. Ainda que o pai de Andrea suspeitasse que entre elas tinha algo mais
que uma simples amizade, era estranho ver sua filha com outra mulher.
Luciana separou-se e saudou ao homem com um sorriso e um aperto de mãos.
Sentou-se em seu lugar e esperou que Andrea voltasse.
Juan, sorriu ao ver a sua filha, e abraçou-a. Era feliz, sua pequena, estava
praticamente curada.
- Estou tão feliz, Andrea - murmurou ao separar-se do abraço.
- Eu Também, pai - parece que o pesadelo terminou.
Sentaram-se e Andrea preparou algo para comerem, Luciana não quis ficar, mas
os olhos tristes de Andrea, lhe fizeram mudar de ideia.
Depois de almoçar, Luciana despediu-se e subiu para seu apartamento. Tomou
uma ducha e ligou seu pc, para ler seus e-mails. Seu irmão, tinha-lhe escrito,
dizendo-lhe que sua mãe estava estranhando seu sumisso e que aparecesse em
casa, porque estava preocupada com ela.
Outro era da fundação. E o último de Marina. Mandando um par de fotos, junto de
Andrea na clínica, e na entrada da casa. Luciana, olhou cada uma delas e sorriu
ao recordar os momentos que tinham compartilhado. Mas um sentimento de raiva
inundou-a, estava chantajeando-a...
- Maldição! - exclamou. Leu a mensagem onde dizia que ela era sua, e que
nenhuma garotinha ganharia tão facilmente. Luciana seguiu lendo cada uma das
letras e quando por fim terminou, um suspiro saiu de sua boca. - Deus, ela está
doente... e pretende me deixar louca também... mas desta vez não Marina... desta
vez não.

Tinha se passado uma semana desde que Andrea saiu da clínica, agora estava
sentada no consultório do seu médico esperava ansiosa pelos resultados de seus
últimos enxames.
O homem entrou no consultório e sentou-se de frente para Andrea e seu pai.
- Olá... vejo que está melhor - disse com um sorriso nos lábios.
- Sim, a verdade é que estou bem, me sinto bem.
- Até está comendo mais... - agregou Juan rindo.
- E isso é bom ou mau - riu o médico.
- É bom para ela, porque quer dizer que esta se recuperando... mas é mal para
meu bolso - brincou, agarrando a mão de sua filha.- mas pagaria todo o ouro do
mundo para vê-la bem.
- Pai... - sussurrou.
- Bom... querem saber os resultados ?
- Sim, por favor.
O doutor Farias abriu o envelope, e tirou os papéis que seria a liberdade para
Andrea.
Leu cada número, cada percentagem, as plaquetas de Andrea..
Levantou o olhar e passeou sobre Andrea e Juan.
Tomou ar e falou.
- Bom... segundo os últimos resultados... tudo indica que o câncer foi vencido.
- Deus... - exclamou Juan.
- Esta curada Andy... a quimio foi um sucesso.
- Pelos deuses... não posso crer - as lágrimas se acumularam em seus olhos e
caíram devagar por sua bochecha.- isso quer dizer?
- Isso quer dizer que pode voltar a sua vida normal... tomará uma medicação
preventiva, e a cada seis meses faremos enxames especificos... está certo?
- Sim, claro...

Saíram da clínica e foram para casa, Luciana estaria esperando-os, não pode ir
porque surgiu alguns problemas de última hora e lamentou muito não poder
acompanha-los, mas estava impaciente esperando por eles em casa.
Juan dirigia calmamente pelas ruas e avenidas, e Andrea olhava a paisagem pela
janela... sua mente estava perdida na paisagem da cidade, olhou para lago dos
patos. Mesmo sendo dia de semana tinha muita gente, correndo ou passeando,
como gostava de andar naquele parque. Andar de bicicleta aos sábados à tarde,
descansar sob a sombra de uma árvore lendo um livro ou escutando música, ou
somente ficar olhando a água. Sentia uma paz imensa naquele parque após a
morte de sua mãe. Era seu refúgio e teria sido seu refúgio se pudesse ter saido,
mas agora estava livre. Agora podia ir onde quisesse... onde quisesse. Um sorriso
iluminou seu rosto e seus olhos brilharam.
*****
Uma semana depois estava fazendo a mala, colocou os medicamentos que devia
tomar se tivesse náuseas, mas isso não impediria seu propósito.
Sorriu ao lembrar da cara de Luciana quando lhe propôs passar essa semana de
férias no campo. Luciana olhou-a um pouco espantada, mas depois compreendeu.
Um beijo deixou-as sem fala e depois planejaram a viagem.
Compraram o necessário para passar uma semana, e já estava tudo pronto para
partir.
- Olá - disse, Luciana ao entrar na casa de Andrea.
- Eiii... - se aproximou e deu-lhe um pequeno beijo nos lábios. Luciana
acariciou-lhe o rosto e olhou-a.
- Não me disse tudo, não é ? - Andrea baixou a cabeça e negou.
- Não pude, não consegui.
- Esta tudo bem princesa. - Luciana tomou a decisão e comunicou a sua pequena.
- Você esta pensando em fazermos amor?- uns olhos verdes olharam-a e pouco a
pouco um sorriso apareceu em seus lábios.
- Não sei... e se não gostar de mim.
- Quero correr o risco, mas pode ser o contrário... você não gostar de mim... - que
irônia, ela estava aconselhando algo que cedo poderia acontecer se não parasse
Marina, se sua ex não se conformasse em arruinar só a sua vida a se partir
contra a menina... não, sua pequena não podia passar por isso. - Andy...
- Está bem... vamos ver o que nos reserva esta noite...
- Veremos, minha pequena.

A noite depois do jantar Andrea serviu café para Luciana.
Os nervos corriam pelo pequeno corpo e tomando ar decidiu falar.
- Meu pai... quer falar contigo... - Luciana olhou-a e sorriu. - devemos falar.
- Porque, não quer falar ? - perguntou e fincou o olhar nos de Luciana.
- É que não sei como começar... - Andy mordeu o lábio e encheram-se os olhos de
lágrimas.- apaixonei-me... - disse sem rodeios.
- E que tem de mau nisso... - perguntou Juan olhando de canto de olho para
Luciana. Juan sabia muito bem, por quem estava apaixonada sua filha... sempre
soube. Mas agora estava confirmado. Percebeu o roçar de uma mão contra a outra
e olhares de amor que a morena dava a sua filha.
- Por uma mulher... papai - Andrea baixou a cabeça e as lágrimas caíram por sua
bochecha. Juan olhou pra Luciana que também estava chorando, o seu coração
saiu do lugar podia ver o amor ali flutuando entre elas.
- E daí , o que tem de mau isso?- voltou a perguntar. Andrea levantou a cabeça ao
escutar as palavras de seu pai. Luciana fincou seus olhos nele e sorriu aliviada...
tinha aceitado ela.
- Mas... - sussurrou Andy.
- Eu te amo , filha... - e abraçou-a - AMO.. é a pessoa mais importante de minha
vida... e se uma doença, não me fez te perder... o amor não fará também não.
Quero que seja feliz... - olhou à morena e sorriu-lhe - quero que a faça feliz,
senhorita...
- Farei. Prometo.

Dois dias depois estavam levando as coisas para o carro da morena, ainda que
Juan tinha feito questão de que fossem no dele, mas Luciana não quis.
Ambas cachorras ficariam ao cuidado do homem. Enquanto elas estavam fora.
Partiram as seis da manhã .
O caminho era calmo, estavam indo para uma cidadezinha do interior ficava uns
duzentos km da capital, era tempo de colheita. A paisagem era formosa, os
campos estavam verdes. Luciana dirigia calmamente a música era suave e Andrea
olhava para sua direita... os olhos fechavam-se e a morena riu. Andrea olhou-a
com o cenho franzido e a morena acariciou a bochecha. Pararam em um posto
abasteceram o carro e foram tomar café da manhã. Andrea tomou seu remédio e
seguiram caminho, com sorte em uma hora e meia estariam entrando na cidade.
E assim foi... chegaram na casa de sua avó onde ficariam por um dia e no outro
dia seguiriam para a pousada.
Chegaram e estacionaram na porta. Uma senhora de uns sessenta anos saiu pra
recebê-las, e os olhos encheram-se de lágrimas ao ver a sua neta totalmente
recuperada, ainda que os vestígios da quimio ainda estavam à vista, o humor e o
estado da menina era cada vez melhor.
- oiii - disse Andrea, abraçando a sua avó.
- Minha menina. como tem passado?.
- Bem... essa é a Luciana,
- Olá.
- Olá, muito prazer.
Depois do almoço, Andrea convenceu à morena a ir dar uma volta pela cidade,
passaram pelo centro, pela igreja, onde a pequena cumpriu sua promessa junto à
imagem do sagrado coração. Ela tinha prometido que se curasse, iria deixar a
medalha de sua comunhão que sua mãe lhe tinha presenteado.
Luciana era mais distante das coisas relacionada à fé e a religião, mas neste
momento sentia-se agradecida com Deus, e sem pensar duas vezes se ajoelhou
em frente à imagem de Cristo e lhe agradeceu por salvar a sua pequena, pôr
colocá-la em sua vida e lhe deixar amar da forma que ela o fazia.
Ficou apenas cinco minutos, porem não se esqueceu de pedir pelo futuro delas e
pelas provações que deviam passar.
Andrea saiu do confessionário e colocou sua toca, passou pela fonte onde tinha
água benzida e molhou as mãos, e passou em sua cabeça, e no coração e esperou
Luciana chegar até ela, e molhou seus dedos e o passou na testa e no coração de
seu amor.
Caminharam para saída e entrelaçaram as mãos, que ainda estava úmida da água
benzida, e assim abençoaram seu amor.
A última parada foi a zona da lagoa, caminharam pela pequena praia que se
formou e se beijaram de mil e uma formas.
Sentaram-se num banco e observaram o sol se pondo no horizonte. Andrea estava
entre as longas pernas da morena.
- Gosta do lugar? - perguntou vendo o lento sol sumir.
- É lindo, amor... é mágico. - Luciana atraiu mas a sua pequena. - Eu te amo,
Andy.
- Verdade? - perguntou timidamente.
- Verdade, minha princesa. - Andrea virou-se e e abraçou mais à morena.- hei,
esta bem?.
- Sim, sinto que é o lugar.
- Tem muitas lembranças daqui?
- Sim...
- Quer ir?- lágrimas amargas desceram pelo rosto de Andrea. A morena abraçou-a
forte e tratou de acalmá-la, quando conseguiu Andrea já havia adormecido em
seus braços, acabou rindo. E levantou-se. Carregou o pequeno corpo até o carro.
O colocou lentamente e depois foram embora. Quando chegou na casa, tocou
suavemente a bochecha e a acordou. - Amor... Andrea... carinho, chegamos.
- Andy abriu os olhos lentamente e piscou. - que foi?... - A morena sorriu.

Depois do jantar, Andrea pegou de sua bolsa uma roupa de dormir e foi tomar
banho.
Estava envolvida numa toalha, quando Luciana entrou no quarto. Pegou suas
coisas, olhou para a porta que estava fechada, e beijou Andy.
- Vamos dormir juntas? - perguntou ao ver a cama de casal.
- Sim, minha avó cedeu-nos a cama dela, é mais cômoda..., ela esta no outro
quarto com minha prima e meu tio.
- Eu posso dormir em outro lugar... não quero que pensem mal.
- Lu... que pensem o que queiram... - Andrea tirou a toalha revelando sua nudez e
Luciana corou ao vê-la nua. - ups, sinto... é que estou acostumada que me veja
assim... que já não me... - Andrea pegou as mãos de Luciana e levou-a a seus
lábios.- sabe que te amo?
- Sim, eu sei. - Luciana se aproximou e a beijou. Sob seus lábios descendo pelo
pescoço chegando até os seios.- também te amo.- sussurrou sobre a pele, quente
e suave.
- Lu... - a morena olhou para seus olhos verdes, e se perdeu neles.
- Sei... - Luciana deu-lhe um beijo e levantou-se. - vou tomar banho, não demoro.

Dez minutos depois, saiu do banho e foi até a cama. Andrea estava deitada de
lado, olhando-a. Só a luz do abajur estava ligado.
Andrea levantou o lençol para que ela deitasse ao seu lado. Se deitou e abraçou-a
pela cintura. Repousou sua cabeça em seu ombro. Luciana esticou o braço e
apagou o abajur. Andrea levantou a cabeça e olhou-a nos olhos, lentamente se
beijaram, um beijo suave e tímido, um beijo de amor.
- Eu te amo Lu... - disse enquanto acomodava-se no ombro de Luciana.
- Eu mais pequena. - beijou a cabeça dela e sorriu ao sentir que o cabelo estava
crescendo.

Ao acordar pela manhã encontrou-as uma nos braços da outra. Luciana abriu os
olhos e fechou-o com força quando um raio de sol, bateu neles.
Se virou e conseguiu escapar dos braços de Andrea, enquanto ela murmurava se
levantou.
Se vestiu. Pegou as chaves do carro e as chaves da casa e saiu.
Andou pela cidade ainda fechada, passou em padaria e comprou pão, pão doces
com creme e com doce de leite.
Passeou pela lagoa e olhou as aves que voavam a procura de alimento.
Entrou em seu carro e voltou para casa da avó de Andrea.
Entrou na casa e encontrou-se com Silvia, a avó de Andrea, preparando chá e
café.
- Bom dia dona Silvia.- Luciana colocou os pães em cima da mesa..
- Bom dia Luciana... dormiu bem?
- Muito bem, senhora..
- É difícil dormir com Andrea, cola-se como uma sanguessuga e não deixa escapar.
- Sei, sei... já estou acostum...- mordeu a língua ao dar-se conta o que tinha dito.
Luciana se virou e mesmo assim e notou a vó de Andy rindo. .
- Esta acostumada... - Silvia tomou um gole de café - as paredes são muito finas
Luciana. E alegra-me que ame a Andrea. Sei que ela também lhe ama. Pude ver
em seus olhos na forma que te olha e sei que você também gosta dela.
- Obrigada dona Silvia... é muito importante para mim e para Andrea que você nos
aceite.- Luciana deu um abraço em Silvia de alegria. Depois olhou o relógio e viu
que eram oito horas, decidiu acordar a sua pequena, já estava na hora de seus
remédios. - Vou acordá-la, e dá-los.

Luciana abriu a porta do quarto e encontrou Andrea descoberta. Sua camisola
tinha subido e deixava ver suas pernas e seu bundinha. Luciana se aproximou da
cama e, admirou o doce rosto de Andrea, beijou sua bochecha e acariciou suas
costas. Andrea se virou e resmungou. Luciana sentiu pena ao ter que a acordá-la.
Mas devia fazer.
- Andy... preciosa... vamos acorda. - o cenho da pequena encolheu-se e seus
olhos piscaram. - vamos bebê...
- Hummmm - Andrea espreguiçou e abriu por fim os olhos- Olá...
- Olá. Acorda que o café da manhã te espera.
- Que ótimo - esticou os braços e convidou a Luciana à abraçar. Luciana vai para
seus braços e a beijou.
- Sabe, comprei uns pães doces com cremes... vamos preguiçosa, tem que tomar
os remédios. - Luciana deu-lhe um último beijo e levantou-se.
- Não, quero ficar aqui- protestou.
- Não , levanta... pegou-a pelos braços e arrastou-a da cama até pô-la em pé e a
tirou do quarto.
- Luuu...deixa eu dormir mais um pouco.
- Não, dá para voltar pra cama... - Porque chegamos no banheiro. Abriu a torneira
e lavou o rosto.
- Aaarrrgg esta fríaaaaa.
- Para de reclamar...
- Tá ...vou escovar os dentes.
Luciana ficou com ela até trocar de roupa. E foram juntas para a cozinha e
sentaram-se pra tomar o café da manhã.
Silvia tinha ouvido o escândalo que sua neta tinha armado e ainda ria.
- Que passou meu amor, te levantaram?
- Sim vó, ela é muito má... e estava fria a água.
- Andy não é para tanto.
- Mas eu queria dormir um pouco mais. - disse fazendo cozidos, Luciana esticou
sua mão e segurou os lábios de Andrea e apertou-os.
- Tem que beber seus remédios, ok?- Andrea assentiu e pegou a mão e
mordeu-lhe o dedo. - Auuuch.
- levantou-se e foi até a mesa e pegou os medicamentos e voltou com um copo de
água. E tomou um a um , e depois lhe sorriu. - pronto... agora posso voltar a
dormir?
- Não, nem pense isso.
- Uhhh, está se metendo em encrenca, Luciana - Silvia levantou-se e serviu-lhes o
café .
- Isso é porque sou pequena - Andrea se fez de ofendida e não a olhou,
concentrou seus sentidos em não beijá-la ali mesmo.
- Já chega Andy... é pequena... - disse em seu ouvido as palavras mágicas- é
minha pequena, te amo .- Andrea sorriu e girou a cabeça e olhou-a nos olhos. Viu
que sua avó lhe dava as costas e a beijou nos lábios.
- Andy... - disse Silvia, sem se virar - está feliz?...
- Sim vó... muito feliz. - Andrea não entendeu o porque da pergunta. Olhou pra
Luciana e a morena sorriu-lhe. Seus olhos abriram-se diante da confirmação de
suas suspeitas. - Hum...ela sabe.
Silvia voltou e foi até a sua neta, e ficou na frente dela e pegou suas mãos,
olhou-a nos olhos e viu o amor refletidos neles. O mesmo amor que se via nos
olhos da morena.
- Só quero que seja feliz... - e deu um beijo em seu rosto.
- Obrigada vózinha... é importante para mim que nos aceite.
- É importante para as duas, Silvia- Luciana rodeou a cintura de Andrea e beijou
sua cabeça.
- Sabe bem que te quero, Andy... se está feliz, eu também estou... e agora o que
farão?
- Pois tínhamos pensado ir para a casa de campo.. quero passar uns dias ao ar
livre, desintoxicar-me, e ser feliz... - disse rindo.
*****
A estrada de terra deixou o caminho mais longo, Luciana seguiu as indicações de
Andrea para que fosse pelos lugares corretos para evitar os buracos e poças de
água, a paisagem era única, campos de soja, trigo, girassol. Gados pastando calmo
e alguns cavalos galopando pelos campos... o carro virou à direita e andou mais
alguns metros e virou a esquerda, e viram um letreiro, " Fazenda Catalina"... em
honra à mãe dos donos.
Andrea desceu correndo e abriu o portão de madeira, Luciana começou a rir ao
vê-la subir no portão e ir com ele até ficar aberto. Às vezes é tão menina... pensou
a morena enquanto passava por seu lado, olhou pelo espelho e voltou a ver sua
menina, enganchando a trinca no pau para fechar.
- Uff... quanto desejava fazer isso. - disse sorrindo.
- Sabia que as vezes parece uma menina, Andrea...
- É que meu avô sempre dizia se o portão abaixasse um pouco ficava mais fácil pra
fechar.... mas acabei gostando de fazer aquilo- disse toda satisfeita.
- É eu vi o que fez.

O caminho até a casa demorou mais cinco minutos. Tinha vários peões
trabalhando no campo e várias maquinas colhendo o cereal.
Ao chegar na casa, foram recebidas pelo capataz.
Manuel, era um homem de uns quarenta anos, filho do antigo capataz, tinha
nascido ali e agora vivia com sua família, Sandra sua esposa e seus três filhos,
dois meninos e uma menina.
- Bom dia senhorita Andrea... - Andrea abraçou-o e beijou sua bochecha.
- Olá... quanto tempo... - o homem olhou-a nos olhos e sorriu.
- Inteiramos-nos... e sentimos muito.
- Obrigada Manuel... mas não se preocupe... já estou bem... - Luciana foi até eles
depois que estacionou o carro onde Andrea lhe indicou. - Manuel... ela é Luciana.
- Olá, muito prazer... estou aqui para lhes servirem.
- Olá, obrigada.
- E Sandra? - perguntou.
- Na cozinha, esta preparando a comida, venham ... os meninos vão gostar de te
ver Andy.

Entraram na casa do capataz, localizada a uns metros da principal. Sandra sorriu
ao vê-la e abraçou-a.
- Olá menina!!! Que bom te ver.
- Olá... alegra-me estar aqui também. Sandra, está é Luciana.
Depois de saudar-se, ambas ficaram para comer com eles, falaram de tudo um
pouco, ainda que o mais divertido tinha sido ver Andrea brincar com as crianças
um de doze, nove e cinco anos que queria mais a sua atenção.
- Sempre contou histórias para eles??- perguntou Luciana entrando na casa, com
as bolsas.
- Sim, desde que Nicolas era pequeno...
- Bom não faz diferença...
- Não, acho que faço isso desde que ele era bebê e eu vinha nos verões, e ficava
as férias todas aqui. Depois nasceu Martín e segui contando-lhes histórias. E com
Anna, também... - Andrea foi até Luciana, e passou-lhe as mãos pela cintura e
abraçou-a. Deu-lhe um beijo na cabeça e outro na testa, em seu nariz e por
último na boca. - hummm, como desejava fazer isso.
- Eu mais, não ficamos sozinhas, em nenhum momento.

Passaram a tarde fazendo uma boa faxina e arrumando o quarto.
Passearam e visitaram o estábulo, os cavalos estavam soltos, no campo.
Andrea foi até a cerca e assobiou de forma particular. Um cavalo levantou as
orelhas e relinchou, Andy voltou a assobiar e disse venha.
- Lua... vêem preciosa.
A égua separou-se dos outros cavalos e trotou até ela, seu olhar estava ficado em
Andrea mas se deteve ao ver outra pessoa desconhecida. Com passo desconfiado
acercou-se, mas não o suficiente para que Andy pudesse tocar.
Andrea sorriu.
- Não te conhece... - explicou.
- Ahh, ela espera que me afasto...
- Não... espera. - Andrea passou entre o alambrado e se aproximou de sua égua. -
Lua, não tenha medo... - acariciava-lhe a cabeça e recebeu um beijo. - ela é a
Luciana... minha namorada. Anda preciosa, vêem - Andy começou a caminhar para
Luciana e a égua a seguiu.

Cavalgaram por 1 hora no cavalo, preto com patas brancas.
Nicolas foi até o estábulo e viu como sua amiga, andava a cavalo. Ouviu falar da
doença de Andrea, ... e chorou por ela. Mesmo sendo apenas um menino,
tinha-se apaixonado por sua contadora de histórias. Talvez era a paixão que
punha em suas histórias ou a forma que seus olhos brilhavam quando contava.
- Andy!!! - gritou. Lua foi até ele e ambas desceram dela.
- Que foi ?
- Venham, quero mostrar-lhes algo.
Os três foram para o estábulo que ficava alguns metros dali.
Nico, empurrou a pesada porta de madeira e entrou. Dirigiu-se a uma baia e
disse-lhe que fechasse os olhos. Andy fechou.
- Já pode abrir... - seus olhos brilharam ao ver o pequeno potro negro que estava
ali.
- Wow, que lindo...
- É da Lua, Andrea. É seu.
- É sério? - não tô acreditando.

O resto da tarde passaram conversando sobre as coisas que tinham mudado por
lá. Nico era um garoto, que entendia muito sobre o campo e sobretudo cavalos.
A noite chegava e as duas estavam sentadas comendo.
- Estou morta - declarou Luciana.- estou com dor nas pernas.
- Não é só você. Tenho que levar ele para casa. Acho que vou correndo.
- Por deus, como aguenta.
- Eu sou mais nova que você. Tá veinha.
- Engraçadinha. - Luciana tomou a mão de Andrea e a beijou. - acho que vou
tomar banho.
- Ok, quando eu voltar, eu tomo.

Andrea estava sentada em um degrau da casa, olhando as estrela... Deus quantas
há... na cidade não se vêem nem um por cento - pensou.
Luciana observou-a da porta e sorriu, estava sem o boné, e sua cabeça brilhava
sob a luz da lua. Luciana tirava o boné dela, quando estavam sozinhas e na casa.
Se aproximou devagar e sentou-se no degrau e abraçou a sua pequena...
- Olá... deu-se conta que Andrea estava chorando e apertou mais a ela. - Que foi
princesa?
- Nada, lembranças.
- Ok... sabe que te adoro... e estou aqui para ti...
- Eu sei.. Te amo,Lu.

A decoração do quarto era bem rústico. Andrea tinha decorado assim anos atrás,
uma grande janela deixava entrar a luz natural da lua, o céu estava limpo e as
estrelas podiam ser vistas da grande cama localizada no meio do quarto, os lençóis
limpos e perfumados, esperavam ansiosos por suas possíveis habitantes.
Andrea abriu a porta e ingressou, seguida de Luciana, parou-se em frente à janela
e suspirou ao sentir o corpo da alta mulher colado ao seu.
Girou-se e viu aqueles olhos azuis olhando-a, com muito desejo.
- Eu te amo, Lu...
- Eu mais, princesa.
Luciana abraçou Andrea, sentia-se bem, lentamente baixou sua cabeça e beijou
seus suaves e rosados lábios, um gemido saiu de ambas as bocas, Andrea alçou
suas mãos e segurou seu pescoço fazendo pressão para beijá-la mais a fundo.
Luciana foi beijando seu pescoço, se arrepiou e riu quando ela tocou em um lugar
sensível, estava nervosa, mas como desejava ser amada.
Luciana, levou-a para a cama e lentamente deitaram-se, pôs meio corpo sobre
Andy e começou a beijá-la. A respiração acelerava-se a cada beijo, cada caricia, as
fortes mãos acariciaram a cintura da pequena e levantaram com cuidado a
camiseta que vestia, seus olhares se perdiam um no outro, Andy fez o mesmo com
a camiseta de Luciana que voltava a lhe beijar.
- Quero sentir você... -disse em seu ouvido, e beijou a pontinha de sua orelha.
- Gosto tanto de você.
Luciana admirou a sua beleza, beijou o pescoço, foi descendo até chegar ao peito e
beijou cada um deles. Desceu pelo abdômen e chegou até o umbigo. Seu corpo
estremeceu-se ao sentir os beijos em seu umbigo. Luciana desprendeu o botão do
jeans e baixou o zíper. Pôs-se de joelho na cama e lentamente tirou a calça. Fez o
mesmo com o dela, e ficou só de calcinha.
Sentia o olhar de Andrea e sentia sua pele pegando fogo ao ver como Andrea
flexionava os joelhos a convidando para se pôr entre elas... deixou cair o corpo
sobre o de sua pequena, e ficou mais excitada ao sentir a macieza de sua pele,
tocando-a.
Começou um movimento lento mas excitante, seus seios tocavam-se, suas mãos
reconheciam-se.
- Andy... para mim... - a pequena abriu os olhos verdes e fitou nos azuis. - Eu te
amo, minha princesa... você quer fazer amor comigo?
- Sim ... é o que mais desejo, Lu... - Andrea levantou o corpo ao sentir que lhe
tiravam sua calcinha e suspirou ao sentir a umidade de Luciana em sua perna.
Ambas dançavam sobre o corpo da outra, o desejo flutuava no ar, os gemidos
eram mútuos...
Ambas se tocavam, se lambiam, se mordiam, não se distinguia onde começava
uma e terminava a outra, estavam unidas.
Luciana beijava os seios de seu amor, apertava-os, Andrea gritava, não podia
mais.
Seus fluxos misturava-se, suas salivas uniam-se.
- Luuu... ahhhh.. - as cadeiras se moviam, elevavam-se, apertavam-se.
- Calma, Andy... - Luciana deslizou sua mão e colocou onde mais desejava, seus
dedos ficaram úmidos, e Andrea colou mais a ela. Estimulou-a até levá-la ao
êxtase.
- Ahhh, já amorrrr - Luciana levou dois dedos até a entrada e começou a beijá-la,
lentamente foi penetrando-a. Devagar... com acalma. - Ohhhh... Luuu.
- Eu te amo... és minha bebê... está me sentindo.
- Siiim e com um grito Andrea chegou ao êxtase.
O corpo suado e sem forças, se relaxou na cama, enquanto Luciana seguia, dando
pequenos beijos pelo rosto de seu amor.
Andrea envolveu-a em seus braços e apertou Luciana contra ela.
A respiração forçada, mas lentamente foi-se normalizando.
Os olhos verdes abriram-se depois de um momento, e encontrou com uns tão
brilhantes. Luciana separou-se de Andrea e deitou de costas. Andrea fez o mesmo
e passou sua mão pela cintura da morena. Notou o calor vindo da pele de seu
amor.
Ambas se olhavam e Luciana beijou a ponta de seu nariz.
- Está bem?. - perguntou.
- Sim... foi...maravilhoso - apertou-se mais ao corpo de Luciana e apoiou a cabeça
no ombro dela. - wow... - um suspiro saiu de sua boca. Luciana riu do sorriso
bobo que estava estampado em seu rosto vermelho e suado. - Lu... ensina-me?...
quero aprender a amar-te.
Luciana consentiu e baixou sua cabeça, se beijaram lentamente, deitou-se de
costas e deixou que sua pequena decidisse que fazer com seu corpo.
Andrea percorreu com sua mão a lateral de sua cintura, tocou o seu peito e com
sua bochecha, a beijou com mais paixão enquanto empreendia um caminho pelo
pescoço, passando pelos ombros até chegar aos seios.
Separou-se e olhou-a nos olhos. Baixou um pouco seu corpo e beijou o lugar que
ocupava sua mão, e deu vários beijos, em volta dos seios, até que começou a
chupar suavemente, Luciana arqueou as costas ao sentir um onda de calor
açoitar seu corpo.
Andrea seguiu beijando, lambendo e chupando seu seio e depois passou para o
outro, sua mãos estava no estômago e acariciava-o lentamente.
Deslizava sua mão até a barriga de Luciana, subiu outra vez aos lábios e a beijou.
Enquanto sua mão afundava-se no sexo de Luciana.
Ao sentir a suave caricia, abriu suas pernas.
- Andyyy... - gritou ao sentir as caricias em seu clítoris inchado.
- O Que? - perguntou meio envergonhada - Estou te machucando?
- Nãoooo..meu amor. - respondeu olhando-a nos olhos. Levantou a cabeça e a
beijou.
Os fluídos saíam em abundância com as caricias de Andrea empapavam sua mão.
Levou os dedos mais abaixo e olhando-a nos olhos introduziu-os no quente
interior.
- Hummm, ahhh, siiim - movia-se freneticamente, os dedos saíam e entravam com
diferentes ritmos e profundidade. - Andyyy...
- Te amo Lu... - Andrea a beijou e seguiu fazendo caricias por todo o seu corpo.
- Estou quase... e sentiu os dedos de Andrea em seu interior. - Andyyyyy.
As convulsões percorriam o seu corpo e alma... sentia-se no céu. Sentia o
pequeno corpo colado ao seu e abraçou-a. Andrea tirou os dedos e abraçou-a com
força.

Os raios de sol entraram pela janela e tocaram com seu calor seus corpos nus.
Luciana estava de bruços e Andrea descansava sua cabeça nas costas dela e seu
braço envolta de sua cintura.
O canto dos galos e um ronco de um motor, acordou Luciana de seu sonho. Abriu
os olhos e um suspiro escapou de sua garganta, estava esgotada... seus lábios se
transformaram em um sorriso ao lembrar-se do que tinha acontecido algumas
horas atrás.
Nunca pensou que Andrea fosse tão carinhosa. Era doce, tímida, em outro
segundo mudava de técnica e ficava selvagem.
Sentia seu respirar em suas costas e levantou a cabeça para olhá-la, não pode...
pois ela estava deitada sob o seu corpo.
Sentiu que o sono de Andrea ficou inquieto. Algumas noites, tinha pesadelos, às
vezes com a doença, outras com a morte de sua mãe, outras vezes que ela morria.
O Dr. Farias a tinha advertido, que isso podia ocorrer.

Luciana virou-se e abraçou-a, seus corpos nus colaram-se, as lágrimas saíam por
seus olhos e corriam livre pelas rosadas bochechas. Andrea deu um grito ao
acordar e abriu os olhos. Procurou algo em que se agarrar e encontrou com o
rosto de Luciana a apertando em seus braços.

- Calma já passou... calma meu amor. - Luciana a beijou suavemente e ficou
abraçada o tempo necessário para que Andy se sentisse bem.
- Lu?... - o rosto banhado em lágrimas levantou-se para olhá-la - Sinto muito.
- Foi só um pesadelo.

Duas horas mais tarde estavam na banheira, entre beijos e novas explorações
durante o banho.
O café da manhã tinham tomado na cama, Luciana levantou mais cedo e preparou
café com leite, umas torradas com manteiga e doces caseiros que Sandra lhe tinha
dado na tarde de ontem.
Luciana ajudou-a se secar e vestiram bermudas e camisetas.
Foram andar pelo campo junto com Nico que ouviu muitas histórias.
*****
Uma semana depois despediam-se da família. Passariam dois dias na casa de
Silvia e voltariam para a Capital.
Chegaram na casa da avó de Andy já era noite. Comeram e decidiram deitar-se.
- Esta cansada? Um sorriso malicioso brotou nos rosados lábios de Andrea.
- Eu?... não... e você? - Luciana olhou-a com ternura e acariciou-lhe a bochecha.
- Não... tenho muita energia, - disse, enquanto punha seu corpo sobre o de
Luciana.
- Ufff... esta ganhando peso, minha pequena. - disse enquanto abraçava-a.
- Está me chamando de gorda? - disse franzindo a testa.
- Não, não, não... só disse que esta ganhando peso, não que estava gorda. -
Luciana riu. - gosto assim... quanto mais gordinha melhor... isso quer dizer que
está se recuperando, meu amor.
- É? - Andrea acomodou-se entre as pernas de Luciana e suspirou ao sentir o
calor de seu centro contra seu corpo. Luciana tirou a regata e Andrea imitou-a.
- Sim, esta se recuperando. - levantou a cabeça e a beijou.
- Eu te amo Luciana... - os beijos ficaram cada vez mais profundos e seus corpos
reagiram ao calor e ao desejo.
- És meu bebê. - Luciana girou e ficou sobre Andrea. Seu corpo esticou-se e
contraiu sobre sua namorada. Estimularam-se e amaram-se.
Luciana se deitou sobre Andrea, enquanto as duas procuravam oxigenar seus
corpos. O orgasmo tinha chegado junto ao da outra. Seus gritos foram reprimidos
com beijos profundos e unhas fincadas nas costas.

A chegada até a capital foi um pouco caótica, pegaram um engarrafamento
horrível. Andrea via-se no espelho e um sorriso apareceu em seus lábios.
Luciana olhou-a e também sorriu.
Alongou sua mão e acariciou-lhe a cabeça. Nestas semanas, o cabelo tinha
crescido, o suficiente para se notar, os finos cabelos loiros nasceram em sua
cabeça toda. E ainda faltava muito até chegar a seu tamanho normal. Andrea
sentia-se feliz, Luciana tomou sua mão e beijou. Ambas se olharam e aproveitando
que estavam paradas num semáforo, se beijaram. O som das buzinas tirou-as de
tão apaixonado beijo.
Riram... Que feliz que se sentiam.
Chegaram ao edifício, Luciana levou as bolsas até a entrada da casa de Andrea e
despediram-se com um beijo.
- Amanhã irei com você até a casa de tua tia. Quer?.
- Obrigada amor... quero sim ...amanhã conversamos. Descanse minha princesa.
- Você também minha rainha.

O elevador subiu até o quinto andar, Luciana abriu a porta de seu apartamento e
encontrou-se com Argo, parada esperando, os latidos e choros da cachorra,
deram-lhe indícios que o animal, tinha sentido saudades.
Uns abraços e palavras acalmaram-na um pouco. Lucy foi até a mesa onde Juan
tinha deixado a correspondência e olhou-as. Um envelope marrom chamou sua
atenção, rapidamente abriu-o e viu umas fotos dela com Marina, em diferente
situações e um vídeo, junto com uma carta.
"Minha querida Lucy:
Lamento que não tenha recuperado o juízo, que não tenha aceitado minha
proposta de sermos feliz. Que lástima!
Minha paciência e amor esgotou-se, é hora da vingança, minha morena...
vingança.
Vou te contar uma coisinha, há dois envelopes iguais a este, estão em dois pares
de mãos diferente. O que será que vão sentir?
Bom, talvez a sua namoradinha, tenha uma reação diferente de teu papi. Quem
sabe?
Talvez eu tenha dito ao seu pai, que estava numa fazenda fazendo amor com uma
garotinha.
Como era mesmo o nome do garoto maior. Como era?... Nico?... é isso.. muito
falante.
Bom minha linda morena... Divirta-se com o vídeo. Aposto que vai adorar.
Quero-te
Mari."
Luciana olhava o papel lia-o e relia.
Pegou o vídeo e colocou no videocassete. Nas imagens ela estava transando com
Marina.
A cena na clínica e o beijo roubado na noite da última quimio. Estava na fita
também.
O nervoso e a raiva chegaram até o peito de Luciana.
- Não... Pode ser... isto não é verdade... não agora que estou feliz... - lágrimas
desceram por seu rosto.- Andy... não posso te perder...
Luciana, desceu correndo os cinco andares e chegou até a portaria, trêmula
golpeou a porta, uma, duas vezes. Ouviu passos no interior da casa , e a porta foi
aberta.
Os olhos de Andy estavam vermelhos e em lágrimas. A tristeza estava em seu
rosto. Deu um murro sobre um pedaço de papel, de fundo, gemidos, súplicas, um
grito.
Os olhos azuis de Luciana perdem-se na tristeza de sua pequena.
Nenhuma fala nada.
Uma pequena mão levanta-se com rapidez, e dá de cheio no rosto da morena,
surpreendida. Imóvel.
O papel, escapa de sua mão, e a porta fecha-se.
"Andrea:
Lamento ser eu quem te abra os olhos desta forma, mas não quero te enganar.
Como faz a pessoa com quem esta.
Enquanto sofria na cama da clínica, sua enfermeira pessoal e agora namorada?,
divertia-se nos braços de outra...
Lamento dizer, mas o amor não faz bem.
Ah ! Veja umas fotos e um vídeo inesquécivel"

Fernanda
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